Qual o futuro dos lubrificantes de grau alimentício?.
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Especialista afirma, em encontro na Europa, que o problema de contaminação de
alimentos por hidrocarbonetos provenientes de óleos lubrificantes, em todo o
mundo, é bastante preocupante e poderá trazer transtornos ao comércio
internacional, quando regras mais rígidas forem adotadas no continente europeu.
Os lubrificantes de grau alimentício desempenham um importante papel para a
saúde humana.
Em palestra realizada na 26ª Conferência Anual da ELGI, em abril, o especialista Andre
Adam, da empresa alemã Fragol GmbH & Co., afirmou que as notícias sobre
contaminação de alimentos por óleos lubrificantes têm sido freqüentes. “Alimento está
intimamente ligado à emoção. Ele tem nossa atenção várias horas por dia, todos os dias, e
infelizmente, problemas relacionados ao alimento, ou melhor, à saúde humana,
provenientes de sua fabricação e inadequada manipulação, têm atraído mais atenção da
imprensa ultimamente”, comentou Adam.
Adam lembra que, quando a imprensa se refere a problemas relativos à contaminação de
alimentos por lubrificantes, ela não discrimina se trata-se de um produto cuidadosamente
produzido como H1, ou petróleo, óleo de motor ou gasolina. Os óleos básicos utilizados
nos lubrificantes de grau alimentício H1 são produzidos de óleos minerais altamente
refinados e isentos de aromáticos. “Se aromáticos são encontrados nos alimentos,
certamente vêm de outra fonte que não os lubrificantes adequados”.
Segundo o especialista, para se eliminar totalmente a possibilidade de presença de óleo
mineral no alimento, teria que se produzir um impacto de consequências enormes nos
processos produtivos. “Seria necessário reprojetar todos os equipamentos, desde o campo
de plantio até a produção final, e ainda requerer outros materiais para as embalagens”.
Um problema existente é a diferença entre as regras mundiais. Enquanto os Estados
Unidos estipulam um nível máximo de 10 ppm de hidrocarbonetos de óleo mineral no
alimento, a União Europeia olha de um ângulo diferente, especificando uma quantidade
de ingestão diária proveniente de todas as fontes possíveis. O problema reside no fato de
que essa especificação não é mensurável, e a tendência é rejeitar então toda e qualquer
contaminação, o que requer reprojetar todos os equipamentos e métodos de produção.
Adam sugere que a indústria necessita testes rápidos e de custos razoáveis para se
determinar o nível aceitável de óleo mineral no alimento. “Também precisamos de regras
globais, pois muitos alimentos vindo de outros países, onde não há limites estipulados, ou
que até mesmo seguem os limites dos Estados Unidos, podem encontrar problemas para
sua entrada no mercado europeu”.
“Existe um futuro para os lubrificantes de grau alimentício, simplesmente porque a
grande demanda por alimentos requer uma produção mecanizada. Se os lubrificantes
terão a mesma composição de hoje, ou se eles serão produzidos a partir de básicos
diferentes ainda não está determinado”, finalizou Adam.
Fonte: Lube Report