Produção de hidrogênio em Itaipu começa em 2014.
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Está sendo concluída para entrar em operação no próximo ano a planta de produção de
hidrogênio da usina Itaipu Binacional. Além de aumentar a eficiência energética da
usina, combatendo o desperdício de água e energia, o projeto viabiliza a introdução de
um combustível totalmente descarbonizado na matriz energética.
Vários países no mundo já participam deste mercado que será futuro no Brasil, especialmente
na Europa e os Estados Unidos. O objetivo de Itaipu é se tornar um fornecedor da tecnología e
da produção de hidrogênio, explorando este mercado através de mais uma unidade de
negocios da empresa. A nova tecnologia vai permitir o aproveitamento pela usina da energía
vertida turbinável em momentos que o mercado não absorva na totalidade sua produção,
evitando desperdícios de água e, por consequência, energia vertida que poderia ser usada na
produção de hidrogênio, contribuindo para o aumento da eficiencia energética da usina. “O
aproveitamento desta energia vertida pode aumentar a eficiência energética das usinas,
combatendo o desperdício de água e energia, além de viabilizar a introdução na matriz
energética de um combustível totalmente descarbonizado, contribuindo para a segurança
energética e para o meio ambiente”, afirma o engenheiro elétrico sênior da Itaipu Binacional,
Marcelo Miguel.
O especialista vai apresentar o projeto da planta experimental de produção de hidrogênio da
usina de Itaipu, as conclusões e resultados obtidos de potencial de produção de hidrogênio e
os métodos utilizados durante o 3º Seminário Nacional de Energias Renováveis e
Eficiência Energética - Desafios e soluções para o Brasil produzir mais com menos. O
Seminário acontece nos dias 22 e 23 de outubro, no Centro Empresarial Rio, com o objetivo
de debater experiências, soluções e novas tecnologias para racionalizar o consumo de energia
na indústria, comercio e edificações (públicas e residenciais), reduzindo o custo no processo
de produção e no consumo deste insumo, além de estimular o uso de energias renováveis.
Segundo o engenheiro, que é formado pela UFRJ e mestre em engenharia de produção
pela UFSC, com especialização em eficiência energética pela UNIFEI e em gestão da
qualidade e produtividade pela UNIOESTE, o mundo vai necessitar de combustíveis sem
emissão de gases poluentes causadores do efeito estufa para ser sustentávelno futuro. “O
hidrogênio tem sido estudado como uma das alternativas para a substituição dos combustíveis
fósseis por ter qualidade e quantidade suficientes. No entanto, apesar de ser o elemento mais
abundante no universo, necessita de uma fonte de energia para ser extraído dos compostos
químicos aos quais está associado na natureza”, acrescenta.
Marcelo Miguel explica que o Brasil e o Paraguai são países com matrizes energéticas
predominantemente hidráulicas, com mais de mil usinas hidrelétricas instaladas na região.
Como estas usinas não armazenam energia, apenaságua, todos os anos se repetem períodos
hidrológicos onde o excedente de água nas barragens tem de ser liberado pelos vertedouros.
“Quantidades significativas destas águas poderiam ser turbinadas para produção de energia
elétrica a ser utilizada na produção de hidrogênio, que pode ser armazenado e utilizado em
células a combustível para produção de energia”, garante.
O especialista conclui que o aproveitamento desta energia vertida pode aumentar a eficiência
energética das usinas, combatendo o desperdício de água e energia, além de viabilizar a
introdução na matriz energética de um combustível totalmente descarbonizado, contribuindo
para a segurança energética e para o meio ambiente.
Fonte: Planeja & Informa Comunicação e Marketing