Primeiro equipamento solar do mundo para a produção de vapor em uma fábrica.
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A Pirelli e o Ministério do Meio Ambiente italiano, com a colaboração do Fórum
das Américas, apresentaram um projeto para a implantação, na fábrica da Pirelli
de Feira de Santana, na Bahia, do primeiro equipamento solar de grande dimensão
no mundo para a produção direta de vapor a uma temperatura média para
utilização no ciclo de produção de uma fábrica.
A realização deste projeto é resultado do acordo de colaboração assinado em janeiro de
2012 pelo Ministério italiano e pela Pirelli com o objetivo de reduzir as emissões de
dióxido de carbono, que faz parte da cooperação ambiental entre a Itália e o Brasil,
consolidada em junho de 2012 com o acordo assinado pelo Ministro do Meio Ambiente
italiano e pelo Ministro de Minas e Energia brasileiro.
Características técnicas do projeto
O equipamento solar será conectado diretamente às linhas de vapor utilizadas para a
produção de pneus e o campo dos coletores solares terá uma superfície espelhada de
aproximadamente 2.400 m2 dentro da área da fábrica de Feira de Santana.
A potência de pico do equipamento poderá chegar a 1,4 MW térmicos, garantindo uma
cota de armazenagem térmica do ciclo de produção regular da fábrica.Com esse projeto
piloto estima-se uma redução de 2.000 toneladas de CO2 em emissões em cinco anos,
evitando a combustão de gás natural.
O monitoramento e a análise pontual das condições climáticas locais, a gestão da fase
de funcionamento inicial diário e a distribuição não uniforme da radiação no campo dos
coletores são os principais aspectos que serão observados e aprofundados durante o
experimento.A experiência acumulada nas fases do projeto, na realização, na operação e
no monitoramento desse equipamento lançará as bases para a utilização mais ampla do
equipamento solar de concentração no setor industrial, contribuindo para a redução dos
custos de investimento e para o aumento da eficiência do equipamento.
Segundo a “Technology Roadmap for Solar HeatingandCooling”, recentemente
publicada pela IEA (Agência Internacional de Energia), a energia solar térmica em
processos industriais (Solar heat for industrial Processes - SHIP) ainda é pouco
desenvolvida, mas conta com um enorme potencial: em 2050, será certamente possível
cobrir, com essa tecnologia, 20% do consumo final de calor de baixa temperatura (<
120 °C), para um total de 3.200 GWth (4.570 milhões de m2) de coletores solares (no
final de 2011, foram instalados no mundo aproximadamente 200 GWth). Em relação à
quota de calor de temperatura média (100 °C – 400 °C), a sua estimativa pelo Task 33 -
SHCP do IEA equivale a 27 % das necessidades totais de energia térmica do setor
industrial. Trata-se majoritariamente de calor sob a forma de vapor, o fluído mais
difundido no âmbito industrial. Ele é quase totalmente produzido por meio de caldeiras,
normalmente alimentadas por gás natural, GPL, óleo diesel ou óleo combustível.
Fonte: FSB Comunicações / Assessoria de Imprensa da Pirelli