Preocupação com suprimento de Grupo I cresce também na África.
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Apesar de o mercado africano de óleos básicos ainda ser focado em produtos de Grupo I da
classificação API, ele não está imune às pressões causadas pelo excesso de oferta de óleos
de Grupo II. Essa foi a conclusão dos painelistas da conferência da ICIS sobre óleos
básicos na Áfria, em novembro. O painel contou com a presença das empresas CPS
Chemical, Chemlube, Nynas e Hocem Oil Chemical, sob o título “The Bigger Picture:
Assessing Group I Base Oil Supply on a Global Level”.
O gerente de Marketing da Nynas, Herbert Fruhmann, disse que o suprimento global de
Grupo I não pode ser discutido apenas em bases regionais, porque qualquer discussão
precisa considerar os desenvolvimentos dos mercados em todo o mundo. “Precisamos
considerar que as novas refinarias de Grupo II que chegam ao mercado mundial estão
disponibilizando grandes volumes, e isso tem colocado pressão no mercado de Grupo I.
Penso que em poucos anos, veremos mais plantas de Grupo I fechando, e mais óleos
básicos de qualidade premium chegando, entretanto, não podemos fazer tudo com os
produtos do Grupo II”, disse Fruhmann.
O diretor de Serviços Técnicos da CPS Chemical, John Fitton, concorda que existe uma
super oferta de Grupo II, mas, admite que ninguém sabe ao certo por quanto tempo essa
situação perdurará. Já para o Agente Sênior de Negócios da Chemlube AS, Nicholas Gill,
essa super oferta terá um impacto bem claro na África Ocidental, uma vez que as fontes de
suprimento de Grupo I continuarão diminuindo.
“Muitos fabricantes de lubrificantes da África Ocidental têm sua principal fonte de
suprimento de básicos na Rússia, e, enquanto é fácil para nós prever o comportamento das
refinarias ocidentais, não está ainda claro como as refinarias russas de óleos do Grupo I
irão reagir a essa contínua super oferta de Grupo II. Assim, poderemos ter tempos difíceis
de suprimento pela frente, ou então, uma reformulação e adaptação tecnológica para a
utilização dos básicos disponíveis”, comentou Gill.
Já para a África Oriental, os especialistas acreditam que sempre haverá uma competição
entre Dubai, Irã e Russia pelo mercado de básicos do Grupo I, que deverá continuar a ser
importador desse tipo por muitos anos ainda.
Para gerente de Vendas da Hocem Oil Chemical, Alexander Brinckman, a questão crítica
para os interessados no negócio é se os óleos básicos do Grupo I podem competir com as
refinarias de Grupos II e III. “E a resposta é: eles não podem, entretanto, muito dos óleos
de Grupo I comercializados internacionalmente vêm da Rússia, após o fechamento das
refinarias na Europa e África do Sul. Até onde eu sei, ainda não existem planos para fechar
nenhuma refinaria russa”, advertiu Brinckman.
Fonte: Lube Report