Petrobras assume integralmente a Refinaria Abreu e Lima.
 Imprimir     Indicar para amigo
A Petrobras informa que seu Conselho de Administração aprovou a proposta de incorporar a Refinaria Abreu e Lima S.A. – RNEST, no estado de Pernambuco, após fracasso nas negociações com a PDVSA. Assim sendo, um estudo deverá adequar as instalações para o processamento da produção nacional de óleo leve, já que a refinaria foi projetada para refinar óleo pesado.

A incorporação da Refinaria Abreu e Lima, localizada em Pernambuco, pode significar mudanças no projeto da unidade, que ainda está em construção. A refinaria foi assumida integralmente pela Petrobras, depois de as negociações não avançarem com a petroleira venezuelana PDVSA, que seria parceira no projeto.

A decisão de incorporar a refinaria foi anunciada em fato relevante apresentado ao mercado na sexta-feira (25). Segundo o diretor de Abastecimento da Petrobras, José Carlos Cosenza, com a incorporação, há possibilidade de a refinaria processar a produção nacional de óleo leve, já que a Abreu e Lima foi pensada para refinar óleo pesado.

"Digamos que a adequação para o óleo nacional está sendo estudada e existe uma grande probabilidade de termos um processamento adicional nessa refinaria, em função do processamento nacional pelas características de refino de óleo mais pesado para óleo mais leve", esclareceu o diretor da Petrobras.

Segundo ele, a mudança não é fundamental ao projeto, que está quase concluído. "Buscamos usar a instalação existente e processar o óleo mais leve nosso, desde que seja possível", acrescentou, prevendo aumento do refino de óleo nacional.

A decisão da Petrobras de incorporar a refinaria foi tomada depois de a Venezuela, controladora da PDVSA, não ter cumprido sua parte financeira na construção da refinaria, equivalente a 40% dos custos. De acordo com a Petrobras, 82% da refinaria estão prontos. No entanto, segundo Consenza, a estatal venezuelana ainda pode voltar ao negócio. "O que estava estabelecido no incio do negocio continua válido, se eles tiverem mobilização para isso", reforçou, em relação ao acordo, que "não evoluiu".

Fonte: Petrobras / Agência Nacional