Nova categoria API para HDMO prevista para 2017.
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O Instituto Americano de Petróleo – API confirmou para março de 2017 sua previsão para o lançamento da nova categoria PC-11 para lubrificantes de motores diesel de serviço pesado (HDMO). Isso significa um atraso de 14 meses em relação à expectativa original. Um investimento da ordem de US$2.7 milhões deverá ser feito para a realização da matriz de testes de motor necessária ao desenvolvimento.

Os dois testes mais críticos para a nova categoria proposta são o Mack T-13 para corrosão de mancais, oxidação do óleo e nitração, e o Caterpillar Oil Aeration Test.

Vários laboratórios já possuem as bancadas prontas e capacitadas para realizar os testes, e estão agora sendo inseridos na estrutura da matriz, realizando cada teste dezenas de vezes, com óleos de referência cuidadosamente escolhidos, para comprovação de que os testes podem realmente ser utilizados para discernir entre óleos bons e óleos ruins.

A matriz de testes teve seu início possível graças à outra peça do quebra-cabeças que foi solucionada: o financiamento. Kevin Ferrick, o gerente do programa de óleo de motor do API, em Washington, disse que um memorando formal de acordo foi assinado pelos principais grupos participantes: O API, representando a indústria de óleo; o Conselho Americano de Química (ACC), que responde pelos fabricantes de aditivos; e a EMA – Associação de Fabricantes de Motores e Caminhões, por parte dos fabricantes de motores. Juntas, essas três organizações se comprometeram a investir cerca de US$2.7 milhões para o pagamento da matriz de testes. A contribuição da EMA será com motores e peças, enquanto as outras entram com dinheiro vivo.

Isso ainda não será suficiente para cobrir a matriz inteira, que pretende realizar cada novo teste dezenas de vezes, para gerar um banco de dados suficiente para validação.

Dessa forma, cinco laboratórios de motores (Afton Chemical, ExxonMobil, Intertek, Lubrizol e Southwest Research Institute) estão doando os custos de testes de calibração em suas bancadas, que montam um valor estimado de US$2.3 milhões, levando o valor total da matriz de testes a US$5 milhões.

Adicionalmente a esses dois testes mencionados, outros sete testes de categorias anteriores serão utilizados, somando um total de nove testes para cada formulação candidata à categoria PC-11.

O teste DD-13 para desgaste proposto pela Detroit Diesel foi retirado da nova categoria por não apresentar resultados consistentes na correlação com os resultados de campo, entretanto, poderá ainda constar de uma possível especificação exclusiva da Detroit Diesel.

Embora alguns produtos possam alegar que atendem à nova especificação, passam em todos os testes e podem estar disponíveis no mercado mais cedo do que 1º de março de 2017, nenhum deles poderá fazer uma modernização de seu “API Donut” , até que a categoria seja aceita no Sistema de Certificação e Licenciamento de Óleos de Motor – EOLCS do API.

Ferrick disse ainda que o API também está debatendo o melhor jeito de alertar os compradores sobre as propriedades incomuns das viscosidades HT/HS observadas a categoria PC-11. Alguns novos óleos irão atender aos limites atuais e serão totalmente compatíveis com os óleos API CJ-4 de hoje. “Está sendo proposto que esses óleos sejam rotulados como API CK-4, embora a decisão final ainda não tenha sido feita. Isso seria a progressão óbvia da categoria”, disse Ferrick.

Entretanto, alguns óleos PC-11 terão viscosidade HT/HS mais baixa, para uma melhor economia de combustível, e esses produtos podem não ser adequados para motores mais antigos. “Existe um forte desejo de se indicar a diferença entre esses dois óleos por meio do Donut. Para se evitar uma aplicação errada, os óleos de baixa HT/HS poderiam ter sua própria designação no Donut, possivelmente API FA-1”, comentou Ferrick. A decisão só virá mais tarde pelo Grupo de Lubrificantes do API.

Fonte: Lube Report