Motos: mercado em baixa e muitas portas fechadas.
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A retração no mercado de motos teve como consequência o fechamento de revendas.

Segundo dados da Fenabrave, federação que reúne as associações de concessionários, em 2012 havia 1.733 revendas autorizadas, que recuaram para 1.603 em 2013 e estão atualmente em 1.587 (-7,5% em relação ao ano retrasado). Especialistas acreditam que até o fim do ano e no próximo, outras revendas devem fechar.

Embora a líder Honda tenha aberto 46 concessionárias desde 2012 e tenha atualmente mais de 1,3 mil pontos, a Yamaha, segunda colocada, baixou as portas de 80 concessionárias e tem hoje 428 unidades. A rede Dafra se manteve em 200 unidades, mas a Suzuki, segundo fonte ligada a Automotive Business, recuou de cerca de 230 concessionárias para 170 pontos nestes dois anos.

“Em alguns casos os fechamentos ocorreram porque as fabricantes reestruturaram sua rede. E concessionários que tinham várias lojas também reduziram seu negócio”, diz o consultor Francisco Trivellato, sócio da empresa Autoanálise. A Yamaha tratou por reestruturação o fechamento de 15,7% de suas revendas em dois anos.

Após o recorde de 2011, com 1,94 milhão de motos emplacadas no País, a restrição ao crédito derrubou as vendas para 1,64 milhão em 2012. No fim daquele ano, a taxa de aprovação de propostas chegou a menos de 15%, segundo a Abraciclo. Em 2013 a venda de motos zero-quilômetro recuou para 1,51 milhão em 2013 e a estimativa do setor para este ano é de 1,5 milhão de motos. O primeiro semestre foi 4% pior que o mesmo período de 2013, mas a média diária de emplacamentos voltou a subir nos primeiros dias após a Copa do Mundo e a taxa atual de aprovação de propostas está em cerca de 25%, o que leva a Abraciclo a prever uma queda de apenas 1% nos emplacamentos este ano.

Motos grandes vivem bom momento

A queda de vendas que afeta especialmente os modelos com cilindrada até 150 cc não se repete nas motos grandes, acima de 450 cc. Em 2012 elas eram 2,4% do total e tiveram 46,2 mil unidades emplacadas. Para 2014, a Abraciclo estima que elas cheguem a 60 mil, ocupando fatia de 4% do mercado. Atenta a esse nicho, a BMW ampliou a gama de produtos em Manaus e elevou de 29 para 36 o número de concessionárias de 2012 para cá.

Triumph abriu 12 revendas em menos de dois anos e a Ducati tem 8 em operação.

As concessionárias Harley-Davidson tiveram alta menos expressiva no período, passando de 14 para 17. O mercado de alta cilindrada também atraiu a produção local de novas marcas e suas redes, embora pequenas, impediram uma queda ainda maior no total de pontos de vendas.

Fonte: Automotive Business