Mercado de lubrificantes volta a níveis de 2012.
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O mercado brasileiro de lubrificantes fechou o primeiro semestre de 2014 com uma
queda total estimada em 5,3% e um volume em torno dos 737 mil m3, que está muito
próximo ao volume comercializado do mesmo período de 2012. O segmento de óleos
automotivos apresentou uma retração em torno de 6,6% com relação a 2013, sendo
compensado pelo melhor desempenho do segmento industrial que apresentou uma
ligeira alta de 0,4%.
A queda do mercado brasileiro está alinhada com o desempenho geral da economia do
país, que apresenta um crescimento irrisório, com grandes dificuldades para os setores
produtivos. A queda na importação de óleos básicos, nesse primeiro semestre, já havia
sinalizado que o mercado desacelerava significativamente.
As vendas de óleos automotivos foram as mais afetadas, com uma queda de cerca de
6,6% do mercado total, sendo que, nesse segmento, os pequenos produtores, por
possuírem um foco muito mais voltado aos lubrificantes automotivos, foram os mais
afetados. Por isso, estima-se que a participação das empresas do Sindicom tenha
aumentado nesse período, ultrapassando ligeiramente a marca dos 82,5%.
As regiões Sul e Sudeste foram as que geraram mais impacto na queda do mercado, com
quedas perto de 7,5 e 5,5%, respectivamente. Já as regiões Norte, com menos 1,2% e a
Nordeste com menos 1,5% foram as que menos caíram. A região Centro-Oeste
apresentou uma queda acima dos 3,1%.
O aumento do mercado no segmento industrial de cerca de 0,4% mostrou um peso
razoável da região Nordeste, e em segundo lugar da região Norte, com uma queda
bastante acentuada no Centro-Oeste. Em menor escala caiu a região Sul, ficando a
Sudeste perto da estabilidade .
As previsões não têm sido muito otimistas para este ano, porém, alguma melhoria que
possa vir a existir na indústria automobilística com os recentes incentivos de crédito
poderá impactar, ainda que pouco, o segmento de lubrificantes. Não se espera uma
recuperação significativa no segundo semestre, porém, dadas as circunstâncias, há quem
considere razoável manter o patamar de volume apresentado em 2012, uma vez que o
forte aumento do ano passado não era muito esperado.
A revista Lubes em Foco está preparando um estudo mais detalhado sobre os números
do mercado brasileiro para as próximas edições.