EUA estão prontos para voltar a exportar petróleo.
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Os Estados Unidos devem começar a exportar petróleo não refinado a partir de
agosto, graças a duas decisões judiciais ainda não publicadas que relaxam a
proibição, vigente desde a década de 1970, de vender óleo cru para o exterior,
afirmou o jornal "The Wall Street Journal". A publicação destacou que duas
decisões judiciais distintas do Departamento de Comércio deram permissão para
as empresas Pioneer Natural Resources e a Enterprise Products Partners
exportarem um tipo de petróleo ultraleve conhecido como condensado.
Fontes familiarizadas com a situação disseram ao "Wall Street Journal" (WSJ) que as
vendas poderiam começar em agosto e, provavelmente, em volumes pequenos. Não
está claro se as decisões judiciais estabelecem algum limite na quantidade que pode ser
vendida para compradores estrangeiros.
A publicação destacou que, por enquanto, as decisões judiciais afetam exclusivamente
as duas companhias citadas.
Mesmo assim, o jornal opinou que a decisão provavelmente vai abrir caminho para que
outras empresas energéticas façam reivindicações similares.
O Departamento de Comércio disse ao "WSJ" que, por enquanto, não houve mudanças
nas políticas que regem as exportações de petróleo no país.
As normas vigentes foram impostas após a crise do petróleo da década de 1970 e
determinam que as companhias americanas estão somente autorizadas a exportar
combustível refinado, como a gasolina, mas não o óleo cru, exceto em circunstâncias
excepcionais que necessitam de uma permissão especial. O embargo exclui o Canadá,
para onde as exportações petrolíferas americanas são permitidas através de uma licença
especial.
O "WSJ" lembrou que a proibição entrou em vigor depois que os países árabes
declararam o embargo do petróleo aos países ocidentais, por seu apoio a Israel durante
a guerra do Yom Kippur. O embargo fez disparar os preços do petróleo e forçou o
racionamento nos postos de gasolina dos EUA.
Mas o bom momento atual da exploração petrolífera nos EUA propiciou uma queda no
preço do petróleo ultraleve, que está cerca de US$ 10 mais barato que o óleo cru
tradicional. Isso levou os produtores a pressionarem pelo relaxamento da proibição
vigente desde os anos 1970, ao argumentar que poderiam obter preços mais altos no
exterior do que nas refinarias dos EUA.
O centro de estudo Brookings Institution calcula que os EUA poderão exportar até 700
mil barris de petróleo ultraleve por dia a partir do próximo ano, segundo o "Wall Street
Journal". A produção petrolífera dos EUA cresceu em 1,8 milhões de barris por dia
entre 2011 e 2013. Cerca de 96% da nova produção é de óleo cru leve e ultraleve,
segundo a Administração de Informação Energética (EIA, sigla em inglês) do país.
Fonte: G1