Califórnia estimula o uso de lubrificantes biossintéticos.
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Projeto de Lei de senador americano determina o uso de biolubrificantes nos
motores de todos os carros de propriedade ou contratados pelo Estado da
Califórnia, a partir de janeiro de 2016. O projeto prevê ainda que, após janeiro de
2017, todos os óleos de motor vendidos ou distribuídos no estado, para carros de
passageiros, caminhões leves ou vans devem conter, no mínimo, 25% de óleo básico
biodegradável proveniente de produtos biológicos.
O Projeto de Lei do senador Lou Correa, datado de 27 de janeiro de 2014, define como
lubrificantes biossintéticos os óleos que contêm uma base biológica, também chamada de
biobased product, e podem ser de dois tipos: compostos, no todo ou em parte, de
produtos biológicos e ingredientes intermediários ou matérias-primas feitas no todo ou
em parte significativa de produtos biológicos. Por produtos biológicos entendem-se
materiais renováveis da agricultura, plantas, animais e materiais marinhos, incluindo
algas, e materiais florestais.
O projeto diz ainda que “uma fonte significativa de poluição de águas pluviais será
reduzida com a introdução de novas tecnologias, como os lubrificantes biossintéticos, que
irão melhorar a qualidade do ar e da água no estado, e também reduzir as emissões de
gases do efeito estufa.
Segundo Allen Barbieri, CEO da empresa de biotecnologia sintética Irvine, esse Projeto
de Lei tenta motivar a indústria a se mover o mais rápido possível na direção do uso de
produtos mais ambientalmente amigáveis. “Eles quiseram andar na direção de se obter
algo que possua a qualidade padrão para um óleo de motor, e com uma porção não tóxica,
biodegradável e de base biológica. É um meio de começar a mitigar os danos de poluição
causados pelos óleos de motor na Califórnia”, comentou Barbieri. Ainda de acordo com o
CEO, a Irvine está perfeitamente adequada para atender aos novos requisitos, e também
outras empresas estão se movendo nessa direção.
Outra empresa californiana produtora de biolubrificantes é a Emeryville, uma base da
empresa Novvi na California. A Novvi é uma joint-venture entre a Cosan e a Amyris, esta
última com tecnologia de conversão do caldo da cana-de-açúcar em Biofeno, que é
quimicamente processado para fazer óleos básicos.
Jeffrey Brown, presidente e CEO da Novvi, disse que a empresa tem observado um
grande aumento na demanda por esse tipo de óleos básicos, mesmo em mercados sem a
regulação da Califórnia. “Vamos acompanhar o desenvolvimento desse projeto
cuidadosamente, já que temos muito boas opções para atender ao mercado”, disse Brown.
Especialistas afirmam que o dia chegará, em que existirá uma grande quantidade de
biolubrificantes no mercado, e isso trará um grande impacto a todos.
Fonte: Lube Report