AEA tem novo presidente para o próximo biênio.
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A Associação Brasileira de Engenharia Automotiva – AEA começará 2015 com novo
fôlego. Edson Orikassa, gerente de engenharia de produto da Toyota, assume a
presidência da organização no próximo dia 2 de janeiro e pretende acelerar as discussões
sobre uma possível segunda etapa do Inovar-Auto, que pode acontecer depois de 2017, e
acerca do avanço do programa de controle de emissões de poluentes para veículos.
Orikassa substitui Antonio Megale, que liderou a AEA por dois mandatos e volta em
2015 a se concentrar em suas atividades na Volkswagen, onde desempenha a função de
diretor de relações governamentais. O executivo terá pouco mais de um ano para se
preparar para o seu próximo desafio: a presidência da Anfavea, associação que representa
os fabricantes de veículos. Em abril de 2016 Megale assumirá o cargo hoje ocupado por
Luiz Moan, da General Motors.
Enquanto isso, Orikassa conduzirá a AEA em momento decisivo para a indústria
automotiva brasileira em que as fabricantes de veículos terão de comprovar ao governo
que cumpriram todas as exigências do Inovar-Auto. Uma delas - e talvez a mais
importante - será a verificação das metas de eficiência energética. A checagem acontece
apenas em 2017, mas com base nos dados do ano anterior, o que exigirá, portanto, que as
empresas estejam prontas com antecedência.
O executivo reconhece que é um momento delicado para a indústria nacional, que precisa
driblar a queda nas vendas e, consequentemente, na produção de veículos. “As coisas
estão difíceis, mas é nesta hora que a engenharia tem de trabalhar”, defende. Ele pretende
fomentar durante sua gestão o debate sobre a próxima etapa do Inovar-Auto dentro das
premissas da entidade: meio ambiente, segurança e mobilidade.
O novo líder da associação acredita que o seu segundo grande desafio será trabalhar com
o governo e outras entidades para definir as próximas fases do Proconve, Programa de
Controle de Poluição do Ar para Veículos Automotores. Os modelos leves estão desde
2013 na etapa L6. Já os pesados entraram em 2012 na polêmica etapa P7, que exigiu
novas tecnologias para os motores e elevou os preços dos veículos.
Orikassa pretende trabalhar nos estudos que poderão servir de base para que o governo
estabeleça as regras das próximas etapas do Proconve, além de indicar o melhor momento
para que as legislações ambientais mais rigorosas entrem em vigor. A AEA estima que,
desde que o programa começou, em 1988, as emissões veiculares de gases nocivos ao
meio ambiente tiveram redução da ordem de 95%.
Fonte: Automotive Business