ILSAC GF-6 enfrenta atraso de dois anos
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A nova classificação ILSAC GF-6 para óleo de motor de carros de passeio, pode demorar até maio de 2019 para chegar ao mercado.

Muitos que compareceram à reunião do Painel Consultivo da Auto-Oil (AOAP), no início de dezembro em Orlando, na Flórida, receberam notícias desagradáveis, mas a realidade ainda era sóbria: o painel, que está gerenciando o desenvolvimento e introdução da nova classificação ILSAC GF-6 para óleo de motor de carros de passeio, mostrou que pode demorar até maio de 2019, para que os produtos sejam colocados no mercado.

Data de lançamento adiada várias vezes

A meta original para o GF-6 era janeiro de 2017, mas as demandas de desenvolvimento simultâneo de uma nova categoria de óleo para motores pesados (API CK-4 e FA-4), lançada recentemente, retardaram o ritmo de trabalho da GF-6, enquanto os custos e as questões de teste se acumularam.

Paulatinamente, a primeira data permitida para licenciamento pelo Instituto Americano de Petróleo (API) foi sendo postergada, devido a atrasos no desenvolvimento de testes de motores.

Na sessão do AOAP, no início de dezembro, que foi realizada em conjunto com a reunião bianual do Comitê D02 da ASTM, grande parte da discussão girou em torno do progresso de novas sequências de testes de motores para a GF-6.

As sequências da ILSAC-GF6

Ron Romano da Ford discutiu as contribuições de sua empresa para a linha de testes de motor. O teste da Sequencia VH para desgaste, lama e verniz está pronto para ser submetido a uma matriz de precisão, e começará em janeiro.

O teste de desgaste de corrente proposto pela Ford completou a matriz de teste e, após algumas diferenças no hardware, foi corrigido. Os dados estão agora sendo analisados para determinar o futuro do teste.

O teste de pré-ignição em baixa velocidade, também novo, completou a matriz de teste e o pessoal de estatística começará a trabalhar nos dados obtidos.

Economia de comubustível

Novos testes de economia de combustível também estão sendo configurados, segundo informações de Greg Miranda da Lubrizol. Miranda preside o Painel de Pesquisa da Sequencia VI, e disse que o novo teste da Sequência VIE, baseado em um motor General Motors V-6, está aprovado e disponível.

Existem cerca de 500 blocos de motores prontos para instalação em laboratórios de teste, com outros 400 ainda não enviados. Além disso, estão sendo montados 900 conjuntos de motores, o que garante que o teste estará disponível por muitos anos.

Uma variante desse teste, a Sequência VIF, também completou sua matriz de precisão e está passando por análise estatística dos dados, acrescentou Miranda. Com base no mesmo motor GM V-6, este método de teste é especificamente concebido para avaliar óleos de motores de viscosidade muito baixa (por exemplo, SAE 0W-16) que não faziam parte da matriz VIE.

Mais perigosamente, o teste de economia de combustível que substitui, a Sequência VID, está se aproximando rapidamente do fim de sua vida útil. Baseado em um motor que a GM já não fabrica mais, realisticamente, este método de teste poderia não ser mais possível de realizar, em algum momento em janeiro. Alguns motores adicionais foram localizados recentemente, e, se eles puderem ser calibrados com êxito para testes, é possível que até 80 corridas adicionais poderiam ser feitas, empurrando o fim para o segundo trimestre de 2017, aconselhou Miranda.

O AOAP também mostrou que a Sequência IIIH para desgaste e espessamento de óleo, baseada em um motor Chrysler Pentastar, foi aceita e foi definido para ser votada para obter um número de procedimento ASTM. A votação havia sido retirada por razões editoriais, mas será colocada novamente, o mais rapidamente possível.

Teste de desgaste do trem de válvulas é o principal atraso atualmente


O principal atraso agora em terminar GF-6 está no teste de desgaste do trem de válvulas da Sequência IVB, que usa um motor Toyota de 4 cilindros. Seu antecessor, o teste da Sequência IVA, usou um motor de 4 cilindros da Nissan. A primeira matriz de precisão na Sequência IVB não proporcionou discriminação entre passar e falhar para os óleos de referência. Os problemas são devidos, em grande parte, ao hardware, ao projeto do motor e ao layout do banco de teste. Há também dúvidas sobre como os óleos de referência respondem à modificação do teste para buscar uma discriminação.

Bill Buscher da Intertek, que é o líder da Sequência IVB, liderou uma longa discussão sobre essa situação. Haverá outra matriz de precisão de seis testes executada em dois óleos, em quatro laboratórios, disse ele. Deve começar em janeiro e ser completada com os dados analisados até maio. Se essa matriz funcionar, todos os testes essenciais de motor estarão prontos.

Demonstração tecnológica de um ano

O processo de desenvolvimento do novo óleo pede, em seguida, uma demonstração tecnológica de um ano. No entanto, esse período não pode ser iniciado até que todos os testes estejam finalizados e aceitos.

Durante este período, o AOAP pode mover-se para aprovar a especificação GF-6. Uma vez que isso ocorra, o relógio começa correr por um período obrigatório de espera de um ano, antes da primeira data de licenciamento, o que dá aos comerciantes uma chance igual de passar nos testes e preparar seus produtos para o mercado.

Dados esses passos restantes, o Presidente do AOAP, Scott Lindholm, da Shell, projetou para maio de 2019 a provável primeira data de licença. Existe sempre a possibilidade de que uma ou mais etapas possam ser comprimidas um pouco, mas neste momento, é improvável que o ILSAC GF-6 apareça no mercado antes de 2019.