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O consumo global de fluidos para metalurgia (Metalworking) aumentará nos próximos anos, uma vez que o aumento da industrialização da Ásia-Pacífico aumenta a participação da região para quase metade do mercado mundial, e a Índia planeja superar o crescimento da indústria chinesa até 2020, segundo um relatório recente.
Os fluidos biossintéticos também estão assumindo maior destaque no mercado, um fenômeno atribuído a “estritas regulamentações ambientais associadas aos preços flutuantes dos óleos básicos”.
O relatório é da empresa de pesquisa de mercado TechNavio Research, que mostra a região da Ásia-Pacífico com cerca de 46 por cento do mercado global de fluidos para usinagem, que deverá crescer a uma taxa composta anual de 4 por cento até 2020.
A Ásia, maior contribuinte mundial de receita para o segmento, continuará a ser o maior mercado regional nos próximos quatro anos, disse a empresa com sede em Londres. Fluidos de remoção seguem mantendo uma participação de cerca de 52 por cento de todos os fluidos metalúrgicos durante esse período de tempo. “Um grande fator para o crescimento do mercado na região é o enorme consumo de fluidos de remoção”, explicou Technavio em um comunicado de imprensa.
Fabricantes de equipamentos para transporte são a maior categoria de usuários finais de fluidos. Se seu domínio continuar, consumirão cerca de 37% dos fluidos metalúrgicos até 2020.
Grande parte do crescimento do mercado virá da Índia e da China. “O aumento desses países vizinhos como centros de produção global beneficiará significativamente o mercado de fluidos para metalworking durante o período previsto”, observou Chandrakumar Badala Jaganathan, Analista Líder do departamento de Pesquisa de Metais e Minerais da Technavio. “Além disso, o aumento da mineração irá gerar uma demanda subseqüente para fluidos metalúrgicos, por parte dos fabricantes de metais primários.”
Embora a China, segunda maior economia do mundo, dê grandes passos para o crescimento de seus segmentos de transporte, fabricação e produção de metais, nos próximos anos, a base industrial da Índia pode estar crescendo mais rápido até 2020. “Devido à mudança substancial nas políticas de investimento estrangeiro direto nos últimos anos, tem havido um fluxo constante de capital nos segmentos crescentes de manufatura e fabricação de metais no país”, disse Chandrakumar.
Ameaças existem
Alguns fatores ameaçam frustrar o crescimento do mercado de fluidos metalúrgicos. Um deles é a adoção crescente de técnicas de “usinagem quase seca”. “Em técnicas convencionais de usinagem úmida, o metal de trabalho e o equipamento são inundados com fluidos de metalurgia, aumentando assim os custos operacionais globais”, apontou o relatório. “Ao contrário, a usinagem quase seca requer quantidades mínimas desses fluidos, assim o efeito ambiental dessa técnica também é comparativamente menor”.
A Ford implementou usinagem quase seca em seis de suas instalações e outros fabricantes de equipamentos originais provavelmente seguirão esta direção, bem como procurarão tecnologias de baixo custo e se esforçarão para cumprir com regulamentos mais rigorosos do governo.
Da mesma forma, processos de micro-lubrificação, impressão tridimensional de metal, hidroformação e corte de alta velocidade usam volumes significativamente menores de fluidos do que processos de inundação.
Além disso, “houve uma crescente inclinação em relação aos fluidos sintéticos, que proporcionam melhor controle de óleo derramado (tramp oil) que os fluidos convencionais, e oferecem medições de concentração precisas, geram menos espuma, reduzem a névoa e prolongam a vida da bomba, reduzindo a contaminação por óleo”.
Os fluidos biossintéticos para metalworking também estão assumindo maior destaque no mercado, um fenômeno que a Technavio atribui a ” regulamentações ambientais mais restringentes, associadas aos preços flutuantes dos óleos básicos”.
Um mercado competitivo
O mercado de metalworking é bastante competitivo, e, como resultado, é extremamente fragmentado. “Mais da metade do mercado é servida por produtores menores que estão focados em aplicações de uso final e área geográfica específicas”, disse o comunicado de imprensa. “Devido às pressões de preços, os principais fornecedores estão recorrendo a alianças de mercado enquanto os players locais estão deixando a indústria.”
Segundo o relatório, a lista dos fornecedores mais proeminentes no mercado do mundo inteiro inclui a Apar Industries Ltd. e Columbia Petro, da Índia; as japonesas Idemitsu Kosan, JX Nippon, Yushiro Chemical Industry, Daido Chemical Engineering Corp. e Cosmo Oil; a Pertamina da Indonésia; e Sinopec, da China; entre outros baseados na América do Norte e na Europa.
Fonte: Lube Report
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