China segue firme na direção do Grupo II.
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O Grupo II está se tornando o grau dominante no mercado de óleos básicos da China, uma tendência que deve continuar com a adição de novas instalações e aumento da capacidade, nos próximos anos, segundo comentário de analista da ICIS, em conferência do setor em Londres. Whitney Shi também previu que a China se tornará um exportador significativo de óleos básicos, seguindo as recentes alterações regulatórias que incentivam as vendas internacionais de óleos básicos, lubrificantes e graxas.

"Acreditamos que, nos próximos cinco anos, a participação do Grupo II crescerá acentuadamente", disse Shi na ICIS World Base Oils & Lubricants Conference. Este artigo é baseado em uma gravação de áudio da apresentação de Shi feita por um repórter da Lubes'n'Greases, presente no evento.

A capacidade de produção de óleo básico na China tem crescido constantemente nos últimos anos, devido à abertura de novas plantas e ampliações de instalações existentes. Como Shi observou, a maior parte da nova capacidade tem sido direcionada para os óleos do Grupo II. Ao mesmo tempo, os refinadores fecharam algumas refinarias de Grupo I. Como resultado, a capacidade nacional de óleos básicos aumentou para mais de 7 milhões de toneladas métricas por ano até 2015, e o Grupo II representou 49 por cento do total, em comparação com apenas 38 por cento para o Grupo I.

Tudo indica que a participação do Grupo II na base de abastecimento de básicos, nos próximos anos, vai aumentar, uma vez que expansões adicionais, novos projetos de construção de plantas e melhorias foram anunciados, mas ainda não concluídos. A gigante estatal de petróleo PetroChina disse que irá atualizar todas as suas cinco plantas. Vários refinadores independentes também têm projetos anunciados.

Como Shi observou, muitos projetos foram adiados, alguns mais de uma vez, e, com o excesso de oferta no mercado global, alguns analistas sugeriram que podem não ser concretizados. Ainda assim, Shi previu que serão concluídos projetos suficientes para fazer o mercado chinês mais focado no Grupo II.

Até agora, quase todo o óleo básico produzido na China tem sido consumido internamente. O país tinha uma grande lacuna de fornecimento, e os regulamentos complicaram as exportações, obrigando os produtor a efetuar as vendas por meio de uma das três empresas designadas pelo governo, duas das quais eram subsidiárias da Sinopec e PetroChina.

Mas, a lacuna entre oferta e demanda de óleos básicos e de outros produtos de petróleo na China diminuiu ou desapareceu, e o governo recentemente relaxou os regulamentos para a exportação de óleos básicos, lubrificantes e graxas, em um esforço para aliviar a pressão do mercado doméstico.

A ICIS espera que os vendedores de óleo básicos irão se mover rapidamente para aproveitar as mudanças de regras. "Acreditamos que, em futuro próximo, o volume de exportação de óleos básicos vai aumentar", disse Shi, que também prevê que a China voltará a aumentar a taxa de imposto sobre o consumo, que se aplica a óleos básicos e outros tipos de mercadorias. Os preços mais baixos do petróleo dão cobertura ao governo para aumentar a arrecadação, o que já foi feito várias vezes durante 2015, porém um imposto mais elevado criará desafios para os comerciantes de petróleo, disse ela.