Parafina clorada é assunto crítico nos Estados Unidos.
Imprimir
Indicar para amigo
A Agência de Proteção Ambiental (EPA) dos Estados Unidos quer eliminar o comércio de parafinas cloradas no país, até maio de 2016. A notícia alarmou os fabricantes desses produtos, que afirmam que a eliminação terá grande impacto em seus negócios e em inúmeras aplicações de seus clientes. Nos fluidos para usinagem (metal working) encontra-se a principal utilização de parafinas cloradas, porém existem outras aplicações nos campos militar, médico, aeroespacial e outros.
A EPA convocou as duas associações de classe mais envolvidas no problema, a Chlorinated Paraffins Industry Association (CPIA) e a Independent Lubricant Manufacturers Association (ILMA), para uma reunião em que solicitou mais dados de impacto ambiental para serem utilizados em seu programa de modelagem. As associações estão pleiteando uma reconsideração da decisão ou a extensão do prazo de comercialização para uma data mais realista.
Fontes da indústria estimam que o consumo de parafina clorada nos Estados Unidos está entre 23 e 27 mil toneladas, enquanto a EPA acredita que o consumo americano pode chegar a cerca de 68 mil toneladas.
As diferenças entre os números continuam, quando se referem aos óleos de usinagem, pois a EPA considera os fluidos de base-água como o os mais utilizados, enquando a ILMA acredita que atualmente o uso de óleos integrais é majoritário. A ILMA também estima em cerca de 28.000 o número de locais que utilizam produtos com parafina clorada, enquanto os dados da EPA mostram apenas 776, o que faz com que o volume descartado por cada local, com consequente impacto ambiental, seja muito mais elevado.
A CPIA acredita que tecnicamente é possível encontrar alternativa para algumas utilizações de parafina clorada, entretanto, teme que isso coloque os fabricantes de lubrificantes em desvantagem competitiva com produtos importados, oriundos de países que não possuem tal restrição. Para outras utilizações, como as militares, ainda não existem produtos alternativos já desenvolvidos.
Apesar da forte queda de braço ainda existente sobre o assunto, a indústria acredita que se ainda tiverem chance de convocar especialistas de diversos campos para um trabalho de revisão conjunto com a EPA, eles poderão chegar às mesmas conclusões positivas sobre a persistência e bioacumulação das parafinas cloradas.