Renovação de frota poderá beneficiar motos.
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A Abraciclo, associação que reúne as fabricantes de motos instaladas em Manaus, também vai pleitear um programa de renovação de frota. Os números do Denatran até outubro de 2014 apontam 22,8 milhões de motos, mas não consideram unidades que deixaram de rodar por acidente, furto e roubo. A partir de estudos do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), estima-se que a frota circulante atual seja de 13,5 milhões de motos, com idade média próxima de seis anos.
“Teremos uma reunião com o governo em maio ou junho”, afirma o presidente da entidade, Marcos Fermanian. Segundo o executivo, uma equipe da associação vem estudando dados para chegar a números mais próximos à realidade sobre a frota real circulante e a idade média dessas motocicletas. “Na prática temos as certidões de nascimento mas não as de óbito. Por isso uma equipe da Abraciclo está debruçada sobre informações do setor para obter dados mais próximos da realidade”, diz Fermanian.
A Abraciclo também pleiteia formas de desonerar a cadeia produtiva: “Alguns entraves burocráticos e logísticos aumentam nossos custos em Manaus”, diz Fermanian. O executivo foi pouco específico, mas parte do problema teria a ver com falta de agilidade no desembaraço de componentes importados pela Receita Federal. A associação dos fabricantes já teve reuniões recentes com os Ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e fará outras com o Ministério das Cidades e a diretoria setorial do MDIC.
Novos cortes podem ocorrer
Depois de um 2011 recorde, com 2,1 milhões de motos produzidas em Manaus por 20,8 mil trabalhadores, o setor vem encolhendo ano a ano. As perdas de mercado interno e de exportações levaram a um 2014 com 1,5 milhão de unidades. “Nesse período perdemos 2,5 mil funcionários, afirma o presidente da Abraciclo. “Este ano as fábricas já adotaram recursos como redução de jornada porque o primeiro trimestre foi aquém da expectativa. Neste momento não há sinalização de demissões, mas elas também não estão fora da pauta”, conclui Fermanian.
Fonte: Automotive Business