Encontro debate inovações nos materiais veiculares.
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O Simpósio SAE BRASIL de Materiais , que se realizará dia 18 de abril, terá foco na
capacidade da indústria brasileira em se adaptar às novas regras do Inovar Auto e
continuar competitiva perante outros países. O evento discutirá os impactos que o novo
regime automotivo trará para a indústria da mobilidade no que diz respeito à melhoria da
eficiência energética e aos novos padrões de redução de emissão de CO2.
Promovido pela Seção Minas Gerais da SAE BRASIL, o encontro, que será realizado na Casa
Fiat de Cultura, em Belo Horizonte – MG, na rua Jornalista Djalma Andrade, 1.250, bairro
Belvedere, visa receber mais de 100 participantes e vai responder como a tecnologia de
materiais poderá contribuir para o desafio de melhorar a eficiência energética dos motores.
De acordo com José Guilherme Silva, chairperson do simpósio, a necessidade de um debate
aberto sobre as diferentes soluções propostas e disponíveis é muito importante, pois para usufruílas
de forma mais efetiva será preciso que sejam consideradas desde o início do projeto dos
veículos. Para isso, é preciso haver tecnologia de transformação disponível no País.
“Em outras palavras, o que impede a adoção de soluções tecnologicamente avançadas relativas à
redução de peso dos veículos pela indústria automotiva brasileira, não é a falta de vontade das
montadoras, muito menos a inexistência de materiais ou soluções por parte de seus produtores,
mas a impossibilidade de produção a custos acessíveis por falta da tecnologia necessária à
produção instalada no Brasil”, explica Silva.
Para o engenheiro esse problema gera um círculo vicioso que provoca atraso tecnológico em
nossos veículos, e sem o preenchimento do gap fica difícil falar em inovação. “É no momento do
desenvolvimento do projeto do veículo que se descobre quais as necessidades que a indústria
nacional suprirá e o que a montadora precisará trazer de outros mercados”, acrescenta.
Silva acredita que é preciso ocorrer um debate aberto e sincero sobre os reais problemas que a
indústria nacional apresenta. Sem isso, dificilmente haverá grande alavancagem. “É preciso
aprofundar a discussão sobre a adaptação da indústria nacional para desenvolver materiais mais
eficientes e que deverão se adaptar às novas normas do mercado”, diz.
O engenheiro acrescenta ainda que o Brasil enfrenta sério problema, pois não basta apenas ter as
tecnologias disponíveis, é preciso que haja parque tecnológico capaz de produzir essa tecnologia.
“A demanda para esses desenvolvimentos existe, agora faltam investimentos para a indústria
começar produzir”, finaliza.
Fonte: Companhia de Imprensa