Aumento de Imposto para os lubrificantes em quatro estados.
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Os estados do Amapá, Minas Gerais, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul
adotarão, a partir de 1⁰ de maio de 2013, novas margens de valor agregado (MVA)
que impactam o cálculo o ICMS com Substituição Tributária nas operações com
combustíveis e lubrificantes, derivados ou não de petróleo. O aumento leva a
alíquota de 30% para 61,31%, e vem provocando protestos dos Sindicatos ligados
ao setor de óleos lubrificantes, que discordam o tamanho do reajuste.
Conforme informação do mercado, o reajuste pretendido baseou-se em pesquisa
elaborada pelo governo do Rio Grande do Sul, sem o envolvimento de vários sindicatos
setoriais, não lhes sendo disponibilizados os métodos da pesquisa e sem solicitação para
quaisquer considerações.
Segundo o presidente do Sindilub, Laercio Kalauskas, Um reajuste desta grandeza (de
30% para 61,13%), merece a participação de todas as entidades representativas do setor,
em razão dos reflexos negativos para o mercado local e nos índices da inflação.
“Entendemos, assim, que o correto seria estabelecer obrigação e prazos a todas
entidades envolvidas diretamente nesta questão (fabricantes, importadores, atacadistas e
varejistas do setor de lubrificantes), para realizar levantamento de preços, em condições
de livre concorrência, através de instituto de pesquisa de reconhecida idoneidade,
inclusive sob a supervisão da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e
Biocombustíveis - ANP, ou outro órgão governamental, se for o caso”, disse Laercio.
Para o presidente do Simepetro, Carlos Ristum, no mínimo, causa estranheza o fato de
manterem, de 1992 a 2007 (15anos) a mesma margem e após 2007, dobrarem esta
mesma alíquota. “Um reajuste desta grandeza vai impactar diretamente no bolso do
consumidor, contrariando a política do governo de combate a inflação e sobretudo
demonstrando o “apetite” arrecadatório dos Estados”, afirmou Ristum.
Assim, a partir de 01/05/13, nas operações interestaduais com Minas Gerais, por
exemplo, a MVA ajustada dos lubrificantes derivados de petróleo passará a ser de
96,72% . Também para Minas, operações com lubrificantes sintéticos e outros óleos, a
MVA passará de 30% para 73,11%. Caso seja importado do exterior, a MVA será de
88,85%.
Os sindicatos do setor de lubrificantes estão se mobilizando junto ao Conselho Nacional
de Política Fazendária – CONFAZ para serem convidados a participar das reuniões do
grupo de trabalho da Comissão Técnica Permanente do ICMS – COTEPE/ICMS, que
tratam do aumento de MVA sobre a Substituição Tributária.