Acordo setorial prevê reciclagem de embalagens de lubrificantes.
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Entidades representativas do setor de óleos lubrificantes e o Ministério do Meio
Ambiente assinaram, no dia 19 de dezembro, acordo setorial em que os empresários
se responsabilizam pela reciclagem das embalagens plásticas de óleos lubrificantes.
O acordo está previsto na Política Nacional de Resíduos Sólidos, de 2010.
A lei que institui a política (12.305/2010) prevê que fabricantes, importadores,
distribuidores e comerciantes de um determinado produto que possa causar danos ao
meio ambiente ou à saúde humana devem criar um sistema de recolhimento e
destinação final independente dos sistemas públicos de limpeza urbana. Os demais
setores que devem aderir ao acordo são o de embalagens (de forma geral), de lâmpadas,
de medicamentos, de vidros e de resíduos eletroeletrônicos. O setor de óleos
lubrificantes foi o primeiro a aderir.
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, acredita que em 2013 os outros
acordos setoriais devem ser assinados.”Os setores estão organizando as suas demandas
e estão arcando com os custos da logística reversa, que tira do meio ambiente aquilo que
se colocou.”
Izabella diz ainda que as empresas serão monitoradas pelo Ministério do Meio
Ambiente por meio de um sistema online. “Todo varejista tem que ter o registro do que
ele recebeu para vender e do que ele entregou para a reciclagem. Essa informação vai
ser colocada no sistema de controle de óleo lubrificante.” Ela alerta que quem não
respeitar o acordo pode se enquadrar na Lei de Crime Ambiental.
Alísio Vaz, presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de
Combustíveis e de Lubrificantes – SINDICOM, disse que todos os membros da
entidade, que respondem por 80% do óleo lubrificante fabricado no Brasil, atuam na
reciclagem de embalagens. O Programa de Reciclagem de Embalagens Jogue Limpo, do
Sindicom, existe desde 2005. “Os pontos de venda devem guardar as embalagens,
acondicionadas de maneira correta. Os caminhões de empresas contratadas vão aos
pontos de venda, pesam os sacos com os recipientes, dão um recibo para o dono do
posto de que ele entregou um volume determinado. As informações são colocadas no
sistema e as embalagens são enviadas para empresas recicladoras de plástico,” explica
Vaz.
O presidente do sindicato diz também que o custo do sistema é alto. ” A reciclagem é
custeada pelas empresas. É um custo logístico muito elevado você ir a centenas de
milhares de pontos de venda e recolher as embalagens. É um custo que acaba sendo
embutido no próprio produto”.
Fonte: Portal Brasil