Indústrias querem aumentar investimentos e contratar menos.
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A edição de outubro-novembro de 2012 da Sondagem de Investimentos da Fundação Getulio Vargas revela que 50% das empresas industriais brasileiras programam aumentar os investimentos em 2013. O resultado é um pouco melhor que as previsões feitas no mesmo período do ano passado em relação a 2012.

No entanto, a sondagem aponta uma piora do ambiente de negócios na comparação com o ano anterior: 43% das empresas afirmaram ter investido mais em máquinas e equipamentos e 28% reportaram redução dos investimentos. Em 2011, estas parcelas haviam sido de 54% e 20%, respectivamente.

Em relação às contratações, 37% das empresas informaram ter aumentado o contingente de mão de obra neste ano, parcela inferior aos 43% registrados no mesmo período do ano passado. A proporção de empresas que cortaram postos de trabalho aumentou de 15% em 2011 para 23% este ano. Quanto ao faturamento, 54% das empresas apontaram crescimento das vendas reais em 2012 – menos que no ano passado – e 24% reportaram redução do faturamento em 2012 (15% em 2011).

Previsões para 2013

Apesar do fraco desempenho recente do setor industrial e das incertezas em relação à economia mundial, as previsões para 2013 não podem ser qualificadas como pessimistas. Nas projeções para os quesitos Investimentos e Faturamento, houve ligeira melhora em relação às previsões realizadas no ano passado e uma melhora expressiva em relação a 2012.

Para o emprego, no entanto, as previsões são menos favoráveis que as feitas no ano passado: a parcela de empresas que pretendem contratar diminuiu de 36% para 32%, e as que programam demissões aumentou de 10% para 12%. Em relação ao ocorrido em 2012, 37% das empresas reportaram aumento do pessoal ocupado e 23%, diminuição.

Faturamento

Já as previsões para o faturamento em 2013 são mais favoráveis do que as feitas no ano passado. A parcela de empresas que preveem crescimento real das vendas no ano seguinte (descontada a inflação), passou de 69% em 2012 para 71% em 2013, e a proporção de empresas que projetam diminuição do faturamento no ano seguinte caiu 2%.

Colaboraram nesta edição da pesquisa 936 empresas, responsáveis por vendas de R$561 bilhões.

Fonte: Fundação Getúlio Vargas