Abraciclo revê para baixo as previsões de 2012.
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Por causa da restrição ao crédito e redução nas vendas, a Abraciclo, associação
que reúne fabricantes de motos, revisou para baixo sua projeção para 2012: “No
fim do ano passado prevíamos alta de 5% para 2012, mas deveremos ter queda de
10% a 15% tanto na produção como nas vendas”, afirmou o presidente da
entidade, Marcos Fermanian.
Marcos Fermanian admite que o período atual já é semelhante ao de 2009, quando a
dificuldade de aprovação das fichas de crediário afetou o mercado em decorrência da
crise financeira iniciada nos Estados Unidos no segundo semestre de 2008.
Dessa forma, as vendas no atacado (das fabricantes para as concessionárias) devem
oscilar entre 1,73 milhão e 1,84 milhão de unidades e a produção das associadas no Polo
Industrial de Manaus deve ficar entre 1,83 milhão e 1,94 milhão de motocicletas. O
presidente da Abraciclo acredita que retração semelhante ocorra nos emplacamentos,
que devem terminar 2012 entre 1,65 milhão e 1,75 milhão de unidades.
“As financeiras estão exigindo 20% de entrada, parcelamento máximo em 36 vezes e,
entre os capacitados (a essas duas condições) , a rejeição é de mais de 80%”, revela
Fermanian. Na comparação com os primeiros seis meses de 2011, as vendas a prazo de
motos caíram 18,2%, de 477.431 para 390.324 unidades, segundo dados da Associação
Nacional das Financeiras das Montadoras (Anef). Nesse mesmo período, as vendas à
vista tiveram alta de 5,6% e o consórcio subiu 2,7%.
No acumulado do primeiro semestre de 2012 foram emplacadas 848.623 motos, queda
de 7,6% na comparação com igual período de 2011. A produção no acumulado do ano
teve queda ainda maior, de 10%, e obrigou os fabricantes a demitir. “Até o momento o
corte atinge cerca de 2 mil postos”, diz Fermanian. Ele recorda que alguns fabricantes
estão em férias coletivas, que podem se estender para o mês seguinte. Assim, até a
metade de agosto deve haver mais cortes.
Fonte: Automotive Business