FIRJAN e FIESP focando o desenvolvimento sustentável.
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Responsáveis por 75% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial nacional, as
Federações das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) e de São Paulo (Fiesp)
encaminharam ao governo federal documento que poderá servir de subsídio às
negociações para elaboração do documento a ser apresentado na Conferência das
Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.
O documento defende ações contra a desigualdade de direitos e a favor de oportunidades
para todos, para chegar ao desenvolvimento sustentável e foi firmado no espaço
Humanidade 2012 que é promovido pela Fiesp e pela Firjan no Forte de Copacabana, em
parceria com a Fundação Roberto Marinho e a prefeitura do Rio de Janeiro.
Segundo o presidente da Fiesp, Paulo Skaff, o objetivo é mostrar que “a
sustentabilidade verdadeira é baseada no tripé econômico-social-ambiental”. Para ele, o
foco deve ser a união das pessoas: “quando as pessoas se unem e se harmonizam, os
resultados são positivos". O presidente da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira,
enfatizou que a intenção é enriquecer a discussão na Rio+20 do ponto de vista da
humanidade, da qual fazem parte "também os industriais e os industriários”.
Na área da energia, responsável por 66% das emissões de gases causadores de efeito
estufa no mundo, as entidades representativas da indústria consideram necessário
aumentar o uso de fontes de baixa emissão, como as usinas hidrelétricas. Para as duas
federações, os grandes potenciais hídricos existentes na América do Sul, África e Ásia
devem ser aproveitados, priorizando a fonte de menor emissão e elevada
competitividade.
O documento dos industriais destaca ainda a necessidade de aprofundamento da questão
tecnológica, com a substituição de combustíveis baseados no petróleo por
biocombustíveis, setor em que “o Brasil é exemplo para o mundo”. Segundo Cavalcanti,
é preciso dar preferência aos modais de transporte com alta quantidade de carga e menor
emissão de gás carbônico (CO2). No transporte de passageiros, a prioridade tem de ser
para o transporte coletivol.
A Fiesp e a Firjan abordam também as questões da segurança alimentar e da necessidade de
preservação das florestas e da biodiversidade. No caso das florestas e da biodiversidade, que o
documento aponta como principal vulnerabilidade do Brasil, as entidades destacam que o país
já teve sucesso, ao reduzir em mais de 75% o desmatamento, no período 2004 a 2010. Quanto à
meta estabelecida pela ONU de 75% de cobertura de esgotamento sanitário em 2015, o
documento estima que não seja alcançada.
As duas entidades manifestaram-se contra a adoção de barreiras comerciais, diante de
questões ambientais, salvo nas exceções permitidas pelos acordos da Organização
Mundial do Comércio, “para não agravar as desigualdades socioeconômicas entre os
países desenvolvidos e em desenvolvimento”. Informam ainda que o conteúdo do
desenvolvimento sustentável será introduzido nos currículos do Serviço Social da
Indústria (Sesi) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).
Fonte: Agência Brasil