Dow investe na produção de poliglicóis em São Paulo.
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Como parte da comemoração dos 40 anos de sua unidade do Guarujá (SP), a Dow
Brasil anuncia a expansão de 20% na capacidade produtiva da planta de
poliglicóis até dezembro. A ampliação da produção desta matéria-prima,
substância química usada na fabricação de surfactantes, lubrificantes, fluidos e
outros, visa a suprir a crescente demanda do mercado de etanol no Brasil.
Parte dos investimentos será destinada a aquisição de novos equipamentos e algumas
melhorias serão realizadas em prol do aumento da capacidade do reator impactando
diretamente no aumento da produção. “A Dow tem um compromisso forte com a
indústria local e com isso continuará investindo em qualificação de mão de obra,
laboratórios técnicos e melhoria/expansão da produção”, destaca Flavia Venturoli,
gerente de marketing e produto da divisão Dow Surfactantes e Lubrificantes para a
América Latina.
A fábrica produz poliglicóis desde 1985 e conta atualmente com um portfólio de mais
de 100 produtos, cuja produção vem aumentando ao longo dos anos. Entre as soluções
destinadas à indústria do etanol, a principal linha de produto é o FLUENT CANE™ -
poliglicóis usados na formulação de antiespumantes e dispersantes para fermentação do
caldo da cana-de-açúcar na produção de etanol e o FLUENT LUB™ que serve como
base para a formulação de lubrificantes sintéticos com aplicações em diversos
mercados.
A divisão de negócios de Surfactantes e Lubrificantes da Dow Brasil, cujo portfólio
atende ao mercado de etanol, pretende crescer 8% ao ano acompanhando o crescimento
da produção de etanol nos próximos 10 anos. “O Brasil é o grande líder na produção de
etanol a partir da cana-de-açúcar com projeção de dobrar a capacidade até 2020. Com
esta expansão estamos nos preparando para atender o aumento da demanda nos
próximos três anos e vamos continuar acompanhando o crescimento com outros
projetos que estão em avaliação”, justifica a gerente da divisão.
O mercado de etanol é bastante estratégico para a Dow Brasil e os investimentos da
companhia estão alinhados e motivados pela crescente demanda dos carros flex - para
uso de combustíveis alternativos à gasolina – além de outras importantes aplicações
como plástico de origem renovável (a Dow anunciou em 2011 uma joint-venture com a
japonesa Mitsui para produção de biopolímeros a partir do etanol) e produção de diesel
de etanol.
Há algum tempo a Dow já vem se preparando para atender o aumento da demanda por
soluções eficientes e sustentáveis do mercado de etanol. “Somente em 2011, a
companhia investiu US$ 1,6 bilhão em pesquisa e desenvolvimento sendo que cerca de
30% foram destinados ao desenvolvimento de tecnologias com foco em energia”,
destaca Venturoli.