Bunge e Solazyme anunciam parceria para fabricar óleo de cana.
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A holandesa Bunge e a norte-americana Solazyme anunciaram, na semana
passada, a formação de joint venture para a produção anual de 100 mil toneladas
de óleo renovável, a partir da cana-de-açúcar. A aliança vai operar sob o nome de
Solazyme Bunge Produtos Renováveis.
Os detalhes financeiros do acordo não foram revelados, mas em fevereiro, a Folha de
São Paulo publicou que o investimento seria feito em uma usina da Bunge que fica em
Orindiúva (524 km de SP), com investimento de cerca de R$ 200 milhões. Ela entrará
em operação só no ano que vem.
A Solazyme domina uma tecnologia que usa algas para transformar açúcares, presentes
na cana, em óleos variados. Esses óleos entram na composição da fabricação de
plásticos, especialidades químicas, cosméticos, produtos de limpeza, de higiene, de
beleza e alimentos.
Walfredo Linhares, gerente da Solazyme no Brasil, disse que com essa joint venture as
empresas vão entrar inicialmente no mercado químico para, depois, fornecer produto
para a indústria de alimentos e lubrificantes.
Segundo a Solazyme, este tipo de óleo é um produto escasso e tem bom preço no
mercado. Uma tonelada de óleo chega a remunerar quase três vezes mais do que a
mesma tonelada de açúcar, segundo Linhares.
Com um mercado de combustíveis instável, com preços de etanol sendo regulados pelo
mercado enquanto a gasolina é subsidiada pelo governo federal, as empresas
sucroalcooleiras buscam alternativas para equilibrar as contas. Ter maior variedade de
produtos a partir de uma mesma matéria-prima é uma delas. Resta equilibrar o
fornecimento de cana-de-açúcar para a produção de etanol anidro e combustível, para
não desabastecer o mercado.
Fonte: Folha de S.Paulo adaptada pela LUBES EM FOCO