GTL terá lugar de destaque no mercado até 2020.
Imprimir
Indicar para amigo
Mesmo com vários projetos em andamento para a construção de novas plantas de
óleos básicos dos grupos II e III, em escala mundial, três grandes fábricas com a
tecnologia Gás-To- Liquid (GTL) entrarão em operação até o ano de 2020.
Especialistas esperam, entretanto, que o cenário do mercado venha a se modificar,
nos próximos anos, e que uma super oferta de básicos possa acontecer.
Em palestra proferida na ICIS 16th. World Base Oils & Lubricants Conference, a
especialista Amy Claxton afirmou que a capacidade mundial de produção de óleos
básicos do grupo III chegará a 14 milhões de litros diários, este ano, o que é um
significante aumento sobre a produção atual de 10,6 milhões de litros diários. Esse
volume representará cerca de 9% do total mundial, enquanto o grupo I terá 57% e o
grupo II ficará com 26%, ficando os naftênicos com 8%.
A especialista e consultora da empresa My Energy também acredita que muitas plantas
antigas de grupo I não sobreviverão, trazendo uma certa preocupação para alguns
segmentos industriais que utilizam o Bright Stock, parafinas e óleos básicos mais
pesados.
O GTL já é uma realidade, pois a planta da Shell no Qatar já entregou seu primeiro óleo
em 2011, e a produção total deverá acontecer em meados de 2012, quando a segunda
unidade entrará em operação, produzindo cerca de 4,8 milhões de litros por dia. Os
graus de viscosidade variarão entre 4 e 8 cSt, enquadrando-se em um grupo III-plus,
tendo ainda a produção de um grupo II leve de 3 cSt.
Claxton estima que o balanço existente em produção e demanda de básicos poderá ser
rompido, quando as novas capacidades produtivas entrarem em operação, podendo vir a
causar uma super oferta de óleos básicos no mundo, forçando os preços para baixo.
As projeções apresentadas para o ano de 2020 mostra que o novo perfil de distribuição
de básicos será 40% de grupo I, 30% de grupo II, 20% de grupo III e 10% de
Naftênicos.
Fonte: Lube Report from LNG