Suprimento de básicos na Europa pode ser afetado no futuro.
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Diretor da Associação Alemã de Fabricantes de Lubrificantes diz em seminário que a capacidade de produção de óleos básicos do grupo I continuará a cair e que as novas fontes de básicos altamente refinados dificilmente irão repor as perdas, o que ocasionará, em futuro breve, um redução na oferta de básicos na Europa.

O Sr. Stephen Baumgaertel, diretor executivo da German Lubricant Manufacturers Association, faz referência à queda no suprimento de óleos báicos ocorrida entre 2008 e 2010. Na Europa Ocidental essa queda representou cerca de 800 mil metros cúbicos por ano durante esse período, enquanto na Europa Oriental esse número chegou a 1500.

De acordo com o diretor, vários fatores atuam contra o aumento da capacidade de produção, apesar de as reservas de petróleo serem suficientes, pelo menos até o meio desse século. O primeiro problema é o aumento de preços do petróleo e outros produtos da cadeia produtiva, incluindo os óleos básicos, e segundo, o suprimento de petróleo no mundo tem trazido mais produtos com baixa viscosidade, alto teor de Enxofre e menor teor de parafinas, que não são os mais indicados para a produção de óleos básicos.

A crescente demanda por combustíveis é um outro fator que inibe o aumento da capacidade de produção de óleos básicos. As novas plantas produtoras de grupos II e III têm flexibilidade para alternar a produção entre básicos e certos tipos de combustíveis, incluindo óleo diesel e jet fuel, o que não ocorre com as plantas projetas somente para grupo I, e as plantas novas que estão sendo construídas são produtoras de grupos II e III.

“Óleo Diesel e o Querozene de Aviação (jet fuel) são muito mais fáceis de se vender do que óleos básicos, o que incentiva o produtor a produzir combustível ao invés de lubrificantes”, disse Baumgaertel.

Grande parte das plantas de grupo II e III estão na Ásia, e alguns operadores dessas plantas já disseram que destinarão uma porção da produção para a Europa, entretanto, Baumgaertel acredita que os produtos dessas plantas vão acabar ficando mesmo nas regiões onde são produzidos, ou a quantidade exportada para a Europa não será suficiente para compensar as perdas existentes.

Fonte: Lube Report