Tecnologia pode criar carro à prova de acidentes até 2020.
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Pesquisa da indústria automobilística trazem novidades em sistemas que podem
alertar o motorista sobre perigos e até mesmo tomar providências para evitar
acidentes. Será que os motoristas vão aceitar um computador que controle sua
maneira de dirigir?
Confiante no poder dessa tecnologia, a Volvo vem dizendo que após 2020 ninguém
mais vai morrer ou se ferir gravemente em estradas se estiver a bordo de um de seus
novos carros.
"A principal causa das batidas é o motorista não prestar atenção ou os motoristas serem
distraídos por algo. Esta tecnologia dá olhos aos carros e sabe quando o motorista
falha", explica Thomas Broberg, assessor técnico da Volvo no centro de pesquisas da
companhia em Gotemburgo, na Suécia.
Na verdade, o que a empresa sueca está planejando é desenvolver um veículo que vai
proteger totalmente seus ocupantes e vai se envolver menos em colisões.
Outras fabricantes de carros também estão fazendo promessas parecidas. A Toyota diz
que tem como objetivo zero mortos e feridos, mas não disse ainda qual o prazo em que
isso pode ser alcançado.
A Ford já está vendendo seu novo Focus - com o auto-proclamado "sistema de proteção
inteligente" - como um dos veículos mais seguros do mercado.
Sistemas que monitoram pontos cegos e acompanham o nível de alerta dos motoristas, e
controles eletrônicos de estabilidade - que podem detectar e ajudar a prevenir uma
derrapagem - já estão sendo introduzidos em muitos novos veículos. Alguns carros
também têm hoje faróis adaptados que melhoram a visibilidade noturna e instrumentos
que advertem sobre uma potencial colisão ou quando o carro sai de sua trajetória.
Por outro lado, tecnologias que removem a responsabilidade da tomada de decisões dos
motoristas permanecem polêmicas. Os críticos argumentam que um motorista que
precisa fazer muito pouco para manter seu veículo na rua não será um motorista alerta
ou seguro. A Associação de Motoristas Britânicos acredita que toda tecnologia que tira
responsabilidade dos motoristas deveria ser proibida.
Para Peter Rodger, examinador-chefe do Instituto Avançado de Motoristas, o aumento
do papel da tecnologia também levanta questões sobre quem é responsável no caso de
um acidente. "Quem é responsável - eu, o fabricante do carro ou o engenheiro de
software?", questiona.
Rodger, como outros, questiona o quanto os motoristas pouco conscientes sobre o
ambiente em seu entorno poderiam ser capazes de tomar o controle quando o
equipamento falhar ou em uma situação de emergência - algo amplamente conhecido
como "complacência induzida pela automação".
Fonte: Site Inovação Tecnológica