Indústria tem projeção de crescimento reduzida para 2,2%.
Imprimir
Indicar para amigo
A CNI, Confederação Nacional da Indústria, divulgou, no dia 11 de outubro, o
Informe Conjuntural, que aponta as expectativas do setor para os próximos meses.
O estudo traz previsões mais moderadas para o fechamento deste ano, com
redução na expectativa de expansão da indústria de 3,2% para 2,2%. A entidade
diminuiu também a projeção de crescimento do PIB de 3,8% para 3,4%.
Segundo o documento, a forte competição com produtos importados continua a
prejudicar a indústria brasileira, bastante afetada pela valorização cambial nos primeiros
oito meses do ano. A evolução do PIB industrial do segundo trimestre foi “irrisória”
(0,2% ante o trimestre anterior), de acordo com as Contas Nacionais do IBGE, diz
Flávio Castelo Branco, gerente-executivo da unidade de política econômica da CNI, que
apresentou o Informe Conjuntural. Nos dois primeiros meses do terceiro trimestre, a
produção também não mostrou recuperação: cresceu 0,3% em julho e caiu 0,2% em
agosto, na comparação com os respectivos meses anteriores.
Outro fator que puxa o PIB para baixo é a previsão de queda no comércio exterior. Em
função da deterioração do cenário econômico global, a CNI espera expansão de 6% nas
exportações, avanço menor do que os 10% estimados anteriormente. As importações
também foram reavaliadas e devem crescer 10,5%. Com isso, a estimativa para a
contribuição das exportações líquidas para o crescimento do PIB será de -0,6 ponto
percentual.
A expectativa de investimentos da CNI também mudou. O Informe Conjuntural alerta
para um cenário ambíguo, com desaceleração do ritmo de crescimento do PIB junto
com o início da trajetória de queda nos juros. A combinação, no entanto, deve resultar
em expansão mais moderada dos investimentos este ano.
Inflação
A CNI prevê que a inflação de 2011 será 6,5% ao ano, no limite superior da meta
estabelecida pelo governo. Apesar disso, a taxa pode extrapolar a meta caso ocorram
elevações não previstas. A situação também aponta para desafios em 2012, que terá
inflação em alto patamar, reajustes programados sobre os índices de 2011 e aumento do
salário mínimo em torno de 14%.
A entidade alerta que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do
IBGE se manteve em aceleração nos últimos meses. Desde agosto de 2010, quando o
indicador ainda estava no centro da meta de inflação (4,5% ao ano), a taxa anualizada
cresceu em 2,8 pontos percentuais. Em setembro, o acumulado em 12 meses do IPCA
alcançou 7,31%, o maior patamar desde 2005.
Fonte: Agência Brasil