Brasileiros criam superplástico com abacaxi e banana.
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Cientistas brasileiros desenvolveram uma técnica para usar fibras de abacaxi,
banana e outras plantas em uma nova geração de plásticos automotivos. De
acordo com os pesquisadores, os plásticos compósitos à base de plantas são
mais fortes e mais leves do que os atuais, e mais ambientalmente corretos.
Segundo Alcides Leão e seus colegas da USP, as fibras retiradas do abacaxi e da
banana parecem ser frágeis, mas, quando testadas na forma de fibras de
nanocelulose, elas são extremamente fortes - quase tanto quanto o famoso Kevlar,
usado na fabricação de roupas à prova de bala.
Com a vantagem de que, ao contrário do Kevlar e de outros plásticos tradicionais,
que são feitos de matérias-primas oriundas do petróleo e do gás natural, as fibras de
nanocelulose são completamente renováveis.
"As propriedades desses plásticos são incríveis," disse Leão. "Eles são leves, mas
muito fortes - 30 vezes mais leves e de 3 a 4 vezes mais fortes. Nós acreditamos
que uma grande variedade de peças de automóveis, incluindo painéis, pára-choques
e painéis laterais, será feita de nanofibras de frutas no futuro."
E em um futuro próximo: segundo Leão, os superplásticos à base de nanocelulose
poderão estar no mercado dentro de dois anos.
Além do aumento na segurança, os bioplásticos permitirão a redução do peso do
veículo, com um ganho direto na economia de combustível.
O pesquisador brasileiro cita ainda outras vantagens. Segundo ele, os plásticos com
as nanofibras de frutas incorporadas têm maior resistência a danos causados pelo
calor e por derramamento de líquidos, como a gasolina.
Fonte: Inovação Tecnológica