Biodiesel torna pesca mais limpa e econômica.
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Biodiesel produzido a partir do óleo de fritura, com mistura de até 50% (B50), é usado para abastecer embarcações de pesca artesanal no litoral catarinense. A iniciativa reduz os custos de produção dos pescadores e ajuda a preservar o ambiente.

Uma parceria entre a Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul) e o Projeto Criar, Educar e Preservar (ProCrep) vem rendendo bons frutos para pescadores da praia da Pinheira, no município de Palhoça (SC). Em 2008, a universidade criou, com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), um projeto de produção de biodiesel a partir do óleo de fritura descartado em restaurantes locais para abastecer embarcações de pesca artesanal.

Em novembro de 2009, quando a usina começou a operar, o biodiesel produzido abastecia o trator que coletava óleo de fritura e outros resíduos recicláveis e era usado para testes nas embarcações.

Hoje, cinco embarcações são abastecidas com B50 (50% diesel e 50% de biodiesel), cujo litro custa R$ 1,20 para o pescador; na região, a mesma quantidade de diesel não sai por menos de R$ 2. A meta para 2011 é de que pelo menos 15 barcos utilizem o B50.

De acordo com a química da Unisul Elisa Moecke, coordenadora do trabalho, a ideia é continuar dando suporte à comunidade até que ela consiga caminhar sozinha. “Nossa meta é construir com eles o conhecimento de algo que possa lhes garantir um futuro de prosperidade.”

No verão, a usina atinge o máximo de sua produção: 2.400 litros mensais. Ao final da temporada, quando o movimento nos restaurantes diminui, esse número cai para 800 litros mensais.

Moecke acredita que a produção de biodiesel a partir de recursos naturais pode ser excelente alternativa para reduzir índices de pobreza, principalmente no interior do país.

Fonte: CH On-line / PR - Katy Mary de Farias