Emissões de CO2 continuam em alta.
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Mesmo com o mundo em meio a uma importante crise econômica e financeira,
as emissões de dióxido de carbono (CO2), tido como o principal personagem do
aquecimento global, não caíram como se esperava.
A conclusão está em um estudo feito por um grupo de pesquisadores do Reino
Unido, Estados Unidos, Austrália e França e publicado neste domingo na revista
Nature Geoscience.
O texto é uma atualização anual doGlobal Carbon Project e destaca que as
emissões de CO2 não dão sinais de que estejam caindo globalmente e poderão
atingir um nível recorde em 2010.
Os autores concluíram que as emissões de dióxido de carbono em 2009 foram
apenas 1,3% menores do que as do ano anterior, mesmo com a crise. A queda é
menos da metade do que se estimava há um ano.
Emissões sem crise
A crise financeira afetou diversos países, levando a reduções na emissão de CO2.
No Reino Unido, por exemplo, a queda foi de 8,6% em 2009 com relação ao ano
anterior. Quedas semelhantes ocorreram na maioria dos países industrializados.
Entretanto, diversas economias emergentes tiveram crescimento elevado, mesmo
com a crise. Isso se refletiu no aumento das emissões do gás. Na China, houve uma
elevação de 8%, e na Índia de 6,2%.
"A queda nas emissões de CO2 em 2009 foi de menos da metade do que o
antecipado há um ano. Isso ocorreu porque a queda no produto interno bruto (PIB)
mundial foi menor que o previsto e a intensidade de carbono com relação ao PIB
mundial - a quantidade de CO2 liberada por unidade de PIB - melhorou apenas
0,7% em 2009, muito menos do que a média de longo prazo de 1,7% ao ano", disse
Pierre Friedlingstein, da Universidade de Exeter, principal autor do estudo.
A pesquisa aponta que, se o crescimento econômico continuar como previsto, as
emissões globais de combustíveis fósseis aumentarão em mais de 3% em 2010,
aproximando-se das elevadas taxas observadas entre 2000 e 2008.
Fonte: Inovação Tecnológica