Montadoras projetam até 5% de alta nas vendas.
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Mesmo com a recente queda na produção de 9,1% em setembro na comparação
com agosto, o setor automotivo mantém o otimismo quando se fala em 2011. Os
executivos do setor, que participam do 26º Salão Internacional do Automóvel, em
São Paulo, dizem esperar por um crescimento de até 5% das vendas, puxado pela
expectativa de manutenção da expansão da renda e do crédito, aliada ao aumento
dos investimentos.
Para Jaime Ardila, presidente da General Motors na América do Sul, o mercado
poderá crescer até 5% em 2011. A companhia deverá produzir no País 700 mil
unidades em 2011, ante 650 mil deste ano.
"Com o atual plano de investimentos, prevemos acelerar nosso ritmo de
crescimento", disse. Apenas no próximo ano a GM pretende aplicar R$ 2 bilhões,
com recursos do caixa da operação brasileira. O executivo ressaltou que o foco da
companhia é a renovação do portfólio de produtos, que deverá seguir até 2012.
O presidente da Ford para o Mercosul, Marcos Oliveira, ressaltou que a indústria
nacional poderá atingir a marca de 3,6 milhões de car ros vendidos no próximo
ano, frente a uma expectativa de 3,4 milhões para este ano. "Não vemos
fundamentos para desaceleração do mercado, diante do crescimento da renda e da
expansão do crédito", completou Rogelio Golfarb, diretor de assuntos corporativos
da Ford para América do Sul. A Ford elevou este ano em R$ 500 milhões, para R$
4,5 bilhões, os planos de investimento para o Brasil entre 2011 e 2015.
Para o presidente da Fiat e também da Anfavea, Cledorvino Belini, as vendas
devem manter um ritmo parecido ao deste ano em 2011. Ele ressaltou que,
mantido o atual patamar de crescimento, a produção anual poderá chegar a 5
milhões de veículos até 2015. Neste mesmo período, a montadora italiana pretende
investir até R$ 10 bilhões no mercado brasileiro. Segundo ele, a previsão para este
ano de produção, inclusive, poderá superar a estimativa inicial de 3,4 milhões de
veículos e chegar a 3,6 milhões.
O presidente da Volkswagen, Thomas Schmall, ressaltou que uma das apostas da
companhia é no crescimento do mercado destinado às classes mais baixas. Para
isso, a empresa trabalha no desenvolvimento de um car ro pequeno, que deverá ser
mais barato que o modelo Gol. "Cerca de 40% dos brasileiros não conseguem
comprar um car ro, porque a renda não é suficiente. No entanto, a participação
desse segmento (da classe média) nas vendas deve passar de 7% para 14% até
2015", disse. A montadora alemã prevê investir R$ 6,2 bilhões entre 2010 e 2014.
Fonte: Rodrigo Petry, Agência Estado