Biodiesel de algas novidade com vantagens.
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Microalgas e as pequenas plantas aqu�ticas da fam�lia das Lemnaceaes podem ser
usadas para a obten��o de combust�vel em forma de �leo. Essa � a proposta
apresentada no 2� Congresso Pan-Americano sobre Plantas e Bioenergia, realizado
em S�o Paulo no m�s de agosto, apresentada pelo norte-americano Richard Sayre.
Para Sayre, as algas s�o uma op��o sustent�vel, t�m estruturas mais simples e se
reproduzem em velocidades muito maiores do que as dos outros vegetais e t�m grande
capacidade de absorver di�xido de carbono (CO2).
Na compara��o entre as fontes de biodiesel, as algas tamb�m apresentam uma produtividade 10 vezes
superior � das demais mat�rias-primas - s�o 58.700 litros de �leo por hectare cultivado, contra 5.950
litros de �leo de palma, a segunda colocada.
"Essa � uma estimativa modesta, que considera a extra��o de 30% de �leo da biomassa, mas podemos
extrair at� 70% elevando a produtividade para 136.900 litros de �leo por hectare", afirmou.
Al�m disso, as algas n�o possuem tecidos heterog�neos, como folhas, galhos e ra�zes, o
que elimina um dos maiores obst�culos para a obten��o dos biocombust�veis de plantas:
a quebra da parede celular.
Outra vantagem apontada pelo pesquisador � o alto teor de �leo das c�lulas das algas, que podem
apresentar at� 50% de lip�dios n�o polares, mais f�ceis de serem quebrados, e possuem de 10% a
45% mais energia do que as mat�rias-primas obtidas de carboidratos.
O desafio da equipe de Sayre est� em desenvolver melhorias gen�ticas a fim de
aprimorar a convers�o de energia solar no interior das c�lulas. Essa convers�o depende
do tamanho de estruturas chamadas de complexo LHCII. Por serem muito grandes,
essas estruturas recebem mais energia do que conseguem processar e o excedente (cerca
de 60%) acaba sendo desperdi�ado.
A viabilidade econ�mica da produ��o de biodiesel de algas foi conquistada ao longo
dos anos gra�as aos avan�os obtidos em pesquisa. "Hoje, conseguimos produzir
biodiesel de algas ao custo de US$ 2 por gal�o, sem subs�dio algum do governo. H� tr�s
anos, esse mesmo gal�o custava US$ 100", comparou.
O especialista norte-americano prop�e tamb�m que as algas sejam aplicadas na solu��o
de outro problema das grandes cidades: o tratamento de esgoto. Algas capazes de
decompor mat�ria org�nica poderiam ser cultivadas em esta��es de tratamento. Al�m da
limpeza da �gua, o cultivo produziria biodiesel e absorveria uma boa parte do CO2 da
atmosfera.
No exemplo de Sayre, o tratamento de esgoto de uma cidade como Nova Iorque
produziria 10 milh�es de litros de biodiesel de algas por ano e absorveria 40% do CO2
emitido por uma termel�trica de 200 MWh movida a carv�o. "Tamb�m haveria ganhos
adicionais com a produ��o de metano e de produtos para ra��o animal", completou.
Fonte: Site Inova��o Tecnol�gica
Fonte: Sindicom