Qualidade ainda preocupa mercado brasileiro de lubrificantes.
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O Programa de Monitoramento da Qualidade dos Lubrificantes no Brasil detectou, no último mês de maio, 19,6% de não-conformidades de qualidade. Uma ligeira queda em relação a abril, que apresentou 21,3%, mas ainda trazendo preocupação ao mercado. De acordo com o boletim da ANP, a ausência de aditivos é o maior problema encontrado nas amostras analisadas.

Das amostras com problemas de qualidade, cerca de 91% apresentaram ausência de aditivos ou aditivação insuficiente, ficando o restante com viscosidade fora de especificação e Índice de Viscosidade – IV abaixo de 80. Segundo técnicos do setor, um IV de nível tão baixo deve indicar a utilização de básicos naftênicos que são contra indicados para a fabricação de óleos automotivos.

A ausência ou insuficiência de aditivos no óleo lubrificante impede que o mesmo atenda às especificações de óleos automotivos mostradas nos rótulos dos produtos, podendo causar sérios danos aos veículos, pois não oferecem proteção contra desgaste, oxidação, formação de borra etc...

O estudo da ANP mostra ainda que os erros quanto ao registro dos produtos aumentou para 11,1% , sendo que em alguns casos os produtos não estavam nem registrados, outros estavam desatualizados e alguns registros foram cancelados. Os cancelados encontram-se no grupo dos que não foram revalidados, ou ainda apresentam nível de desempenho abaixo da classificação API CF e SF, cuja comercialização está vedada desde maio de 2008.

As não-conformidades relativas aos rótulos das embalagens continua subindo, e atingiu 11,6% no mês de maio. Os principais problemas observados foram em relação às informações obrigatórias, conforme a Resolução 10/2007, sendo os mais freqüentes a data de fabricação e o número do lote ausentes.

A relação completa dos produtos e empresas que apresentaram qualquer nãoconformidade pode ser encontrada no site da Agência, no setor de Qualidade.