Petrobras inicia refinaria no Maranh�o em janeiro.
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A Petrobras vai entrar 2010 dando partida no seu projeto de valor mais elevado, a refinaria do Maranh�o, com or�amento provis�rio de US$ 19,9 bilh�es, mais do que os US$ 19 bilh�es de investimentos previsto para a explora��o da camada pr�sal at� 2013. � a maior das cinco novas refinarias que a estatal est� construindo. As outras ser�o no Cear�, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Rio de Janeiro.

O diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, disse que recebeu, na quinta-feira, dia 10 a licen�a pr�via ambiental para in�cio das obras de terraplanagem da �rea onde ser� constru�da a usina e que na primeira quinzena de janeiro inicia a limpeza, constru��o de guarita e da cerca em volta do terreno. Esta primeira etapa custar� R$ 30 milh�es e ser� feita pela Fidens Engenharia.

Projetada para refinar 600 mil barris de petr�leo leve (do pr�-sal) e pesado, a refinaria do Maranh�o ficar� no munic�pio de Bacabeira, pr�ximo a S�o Lu�s, e ter� quase o dobro de capacidade da Refinaria de Paul�nia (Replan), em S�o Paulo, hoje a maior da Petrobras e da Am�rica do Sul, com capacidade para refinar 360 mil barris de �leo por dia. De acordo com o projeto, ela n�o produzir� gasolina e 60% da sua produ��o ser� de �leo diesel para exporta��o. As atuais 11 refinarias da Petrobras produzem um m�ximo de 30% de diesel.

O cronograma prev� a constru��o em dois m�dulos de 300 mil barris cada, o primeiro para o final de 2013 e o segundo para dois anos depois. Costa disse que pretende j� em fevereiro "colocar na rua" a licita��o para o trabalho de terraplanagem propriamente dito, prevendo a assinatura de contrato para maio.

Em agosto, a Universidade Federal do Maranh�o (UFMA) entregou o Estudo e o relat�rio de impacto ambiental (Eia/Rima) da obra que est� em fase de audi�ncias p�blicas para a concess�o de licen�a ambiental definitiva. A Petrobras tem um acordo pr�vio com a trading japonesa Marubeni para financiamento da obra e pretende que o parceiro fique com 20% do capital da unidade.

O otimismo de Costa com o projeto do Maranh�o n�o � igual em rela��o ao da refinaria do Cear�, um projeto semelhante ao maranhense, s� que com metade de capacidade de refino (300 mil barris por dia). Segundo ele, o terreno, doado pelo governo do Estado como o do Maranh�o, n�o pode ser liberado porque foi constatado que a �rea, dentro do per�metro do complexo industrial-portu�rio de Pec�m, � habitado por descendentes de �ndios. Agora, o caso est� sendo estudado pela Funda��o Nacional do �ndio (Funai) e por antrop�logos independentes e n�o h� prazo para a libera��o.

Fonte: Valor Econ�mico - SP