Otimismo no mercado de lubrificantes automotivos.
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Apesar das constantes previsões negativas, alguns segmentos ainda têm motivos para esperar um ano relativamente bom. É o caso dos fabricantes de óleos lubrificantes para o segmento automotivo.

Depois de enfrentarem mais de 100% de reajuste no custo da matéria-prima, o óleo básico, os fabricantes trabalham agora com quedas de até 60% neste custo. Essa variação não chega a gerar lucro, mas permite uma readequação das margens, fortemente afetadas pelos constantes aumentos promovidos pela Petróleo Brasileiro no ano de 2008.

Com a retomada do mercado automotivo, a expectativa é ter um ano altamente positivo, explica o presidente do Sindicato Interestadual das Indústrias Misturadoras, Envasilhadoras de Produtos Derivados de Petróleo – Simepetro, Carlos Abud Ristum.

Segundo ele, o setor sentiu uma pequena queda nas vendas nos dois primeiros meses do ano, na ordem de 12% a 15%, em relação ao ano anterior. No entanto, a expectativa para o próximo trimestre é de estabilidade, já que o mercado nacional está muito bom, principalmente depois da isenção do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).

Já os fabricantes de óleos lubrificantes industriais enfrentam uma situação mais delicada. Com a produção interna em queda, a expectativa foi depositada sobre a atividade agrícola, com previsão de crescimento de 20% para este ano.

Outra preocupação do setor está na inadimplência, que vem aumentando e pode afetar o caixa das empresas, que cada vez mais sofrem para conseguir capital de giro, em função dos juros elevados. “Na nossa opinião o cenário ainda é positivo para o óleo acabado, pois com medo da crise, os revendedores zeraram seus estoques, e agora terão que recompô-los”, analisa Ristum.

Fonte: AZM Comunicações - Ana Azevedo