ACEA 2008 - Atualizando os Padrões.
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A Associação de Construtores Europeus de Automóveis (ACEA) oficializou a partir de 22 de dezembro de 2008 as novas classificações para óleos lubrificantes automotivos (ACEA 2008) que substituem as chamadas ACEA 2007.

As novidades em relação às especificações anteriores ficam por conta da eliminação da categoria E2 para motores diesel mais antigos e a introdução da E9, que é fortemente recomendada para motores diesel equipados com filtros de particulados e utilizando diesel com baixo teor de Enxofre.

A ACEA está constantemente desenvolvendo novas sequências de testes para atender aos requisitos dos fabricantes de automóveis, e novas edições são esperadas para o futuro, assim como a retirada de edições ultrapassadas. No final de 2009 será retirada a classificação de 2004 e a de 2007 ficará valendo ainda até o final de 2010.

Na Europa, os fabricantes de veículos sempre foram a maior influência na determinação de requisitos de desempenho para os óleos automotivos, tanto para carros de passeio como para veículos de serviço pesado. Com pouca influência da indústria de aditivos ou mesmo da indústria de lubrificantes, os construtores de veículos mantinham até 1991 suas especificações com foco exclusivo nas necessidades européias determinadas pelo CCMC ( Comitê dés Constructeurs d’Automobile du Marché Commun ).

A partir de 1991, o CCMC foi substituído pela ACEA (Association des Constructeurs Européen d’Automobile ) que adotou inicialmente as especificações vigentes, porém, com uma filosofia diferente, buscando aplicar novos e melhores métodos de testes, considerando a moderna tecnologia de motores, e criando uma base para processos de desenvolvimentos e testes estatisticamente mais consistentes. Também, passou a utilizar a base de experiência dos Estados Unidos com a especificação API-SH e o código de prática de aprovações.

Em dezembro de 1995, a ACEA introduziu uma nova classificação que consistia em nove diferentes seqüências para definir a qualidade do óleo lubrificante em serviço:

Antes da atual revisão, a ACEA já efetuou revisões em 1998, 1999, 2002, 2004 e 2007, mantendo algumas e alterando outras especificações, adotando sempre os dois dígitos do ano da revisão após cada classificação.

A revisão de 2004 foi muito mais radical, pois, alterou fundamentalmente a estrutura das seqüências de testes, com a fusão de categorias e a introdução de novas categorias, principalmente visando atender às novas legislações de emissões veiculares e tecnologias de catalisadores. Efetuou a combinação das categorias A e B em categorias A/B, e ao mesmo tempo introduziu um grupo de categorias, designadas como C1, C2 e C3, com a intenção de criar especificações para óleos de motor adequados aos modernos sistemas de tratamento de gases de exaustão, utilizando catalisadores, em motores a gasolina e leves a diesel. Desta forma, passaram a existir quatro categorias combinadas: A1/B1-04, A3/B3-04, A3/B4-04 e A5/B5-04, com requerimentos de testes baseados nas antigas categorias A e B. Nenhuma nova categoria foi baseada nas antigas A2 e B2.

As novas categorias “C” tiveram como fator determinante a necessidade de se especificar limites para os teores de cinzas sulfatadas, Fósforo e Enxofre nos óleos lubrificantes, causando forte impacto nas tecnologias de aditivos consagradas como o Ditiofosfato de Zinco e os detergentes metálicos, levando os pesquisadores a buscarem outras alternativas de formulação com baixos teores daqueles componentes. Para simplificar as denominações e classificações, utiliza-se a sigla SAPS para designar os componentes Sulphated Ash (cinzas sulfatadas), Phosphorus (Fósforo) e Sulphur (Enxofre), e os óleos como: low SAPS para os baixos teores, mid SAPS para teores médios e full SAPS para os teores convencionais.

Em 2007 foi introduzida a categoria C4 para motores a gasolina e leves a diesel de alto desempenho com sistemas de filtro de particulados e catalisadores de três vias. São tipicamente de viscosidade SAE 5W-30 formulados com óleos básicos de grupo III.